a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

A Noite

Fui a primeira (e por enquanto a única) das 4 a ter um filho e a última a entrar para a Irmandade. Para provar que a falta de um modelito não faz de mim menos Irmã, até porque sei que o primeiro facto desta frase implicou directamente o segundo, tratei carinhosamente de criar este blog, como forma de comunicarmos o que, infelizmente, não posso comunicar convosco todos os dias.
Continuo à espera, ansiosamente, para ver um post de alguma de vós, sugestões, manifestações...
Assim, depois do anterior, deixo aqui um novo desafio: contem-me a vossa cueca power night de passagem de ano. Cada uma por si, ou num texto conjunto, já que a passaram juntas.
Eu, como previsto, fiquei em casa a três. Lareira a crepitar, luzinhas de Natal a piscar, velinhas na mesa a cintilar para um jantar acolhedor de boas vindas a 2006. À meia noite, incrédulo, o mais pequeno foi colocado em cima da mesa, recusou beijos e abracinhos da melga da mãe e voltou convicto e feliz às suas plasticinas. Produzida de azul nos interiores, fiquei-me pelos pretos despretensiosos nos exteriores. Para o ano prometi-me o branco da neve.
Engoli as 12 passas sem resoluções de Ano Novo, fico feliz por ainda ter emprego e com os sorrisos que me aconchegam a alma de cada vez que chego a casa.
Pelo primeiro telefonema de 2006 da restante irmandade o power estava convosco. "Contem-me de vós!"