a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

segunda-feira, março 19, 2007

3 "estórias" & 1 café


5ª Feira fui às compras e entre diversas coisas comprei 2 garrafões de água, porque a água da minha zona sem qualquer aditivo não é propriamente das que eu mais gosto de beber e ó se eu bebo água!! Mas adiante, no final do dia estaciono na minha praceta, que é inclinada e abro a bageira de onde prontamente salta vitorioso um garrafão, lutando pela sua fuga enquanto rebolava a uma velocidade vertiginosa pela rua abaixo....escusado será dizer que prontamente travei a rebelião, impedindo o 2ª elemento da quadriga de seguir o líder e capturando o 1º antes de ter atingido a avenida. Presumo que o seu plano era atingir a valeta, depois os serviços públicos de canalizações, desembocando no rio e atingir o mar. Hoje seus restos mortais jazem meios bebidos na minha cozinha. RIP!

6ª Feira, a viagem, 300 km de ida e volta divididos entre a A1, a A23 e o IC3 e vice-versa. O café com a longe em distância sister Meg, a pausa do reboliço do dia, antes de fazer o caminho de volta. Há cafés no final do dia, em terras distantes, que nos sabem a pouco, deveriam ser servidos em barris para que pudessem demorar muito mais tempo...

Sábado, 3horas e meia a desmontar a *?%# de uma estante cheia de parafusos e a construir o quebra-cabeças de a conseguir encaixar toda dentro de uma carrinha passat, custou mas consegui, por fim, vou deitar ao caixote do lixo um saco, quando ouço um estranho som conforme este cai dentro do contentor: "M#*&$" - pensei eu, as chaves tinham ido juntamente. Com alguma perícia, uma ajuda da vizinha e uma vassoura, 5 minutos depois a situação estava resolvida e as chaves na minha mão.

Domingo, final do dia, bomba de gasolina na estrada para Coimbra,o vento frio do Norte arrefecia-me as mãos, mas o carro na reserva obrigava-me a sair e a alimentá-lo, de outra forma nunca conseguiria regressar à capital. Duas bombas, ambas ocupadas, opto pela da esquerda, ninguém fora do carro, pensei: já foi pagar, entretanto o dono do carro que estava na bomba do lado, atesta, vai pagar, vai-se embora, o carro seguinte na fila avança e eu continuo à espera, reparo que o condutor do carro da frente está lá dentro...passo-me...saio do meu carro....bato-lhe no vidro e digo-lhe delicadamente: o senhor importasse de avançar que eu quero pôr gasóleo? o condutor olha para mim e diz "estou à espera que me venham servir". Com um sorriso entre o glaciar e o amarelo digo-lhe, então por favor, chegue à frente enquanto espera, para eu poder atestar porque isto é uma bomba de self-service...Acham normal?

3 Comments:

  • At março 20, 2007 1:25 da manhã, Blogger BlueAngel aka LN said…

    Tédio é o que não falta na tua vida e isso é bom! :-) Bela discrição!

     
  • At março 20, 2007 11:50 da manhã, Blogger Sister San said…

    A bem dizer, preferia o tédio de uns e outros de ter que andar sempre a fazer malas para ir viajar ;)

     
  • At março 21, 2007 12:06 da tarde, Blogger Sister Meg said…

    Realmente que coisa. Conhecendo a dita praceta, quase consigo imaginar a tua figura, qual Indiana Jones, em perseguição do foragido garrafão ; )
    A "estória" das chaves não podia condizer mais com a tua pessoa... e finalmente o sr. à espera na bomba, completamente surreal!
    Quanto ao café em barril, penso que no meu caso não será muito aconselhável, dada a minha susceptibilidade à cafeína a partir das 19h, desde que fui mãe, e com o frio que estava, creio que não aguentaríamos muito mais. Mas gosto da analogia, e também gostava muito que este tipo de cafés pudesse demorar infinitamenmte mais tempo : )
    Beijo.

     

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