a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

quinta-feira, abril 27, 2006

E não é que fui mesmo....


A pedido de várias famílias e com o intuito de esclarecer outras, fui mesmo "viajar", está certo que o meu texto foi feito com base em algum autor romântico, como Camilo Castelo Branco ou Júlio Diniz e a realidade acabou sendo mais algum escritor realista, como o Paul Auster ou Ian McEwan, mas de qualquer forma fui!Ao contrário do pressuposto não me levantei cedo, mas também não era muito tarde, deixei tudo mais ou menos arrumado, peguei no livro e na minha garrafa de àgua e rumei à margem sul de carro. Ao passar ao magnífica ponte 25 de Abril, no dia 25 de Abril, os meus olhos cruzaram-se com milhares de automobilistas que faziam o caminho inverso, enchendo as três faixas de rodagem até onde a minha vista alcançava! Boa, pensei, acho que vou ter que dormir por cá. Juntei-me aos meus companheiros de viagem em Almada e rumei à praia do destino. Uma vez mais o fluxo de quem vai para cá e quem vai para lá ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo e acabei por demorar mais de 1 hora para chegar à praia, entre um pára-arranca, que faria um Martini perfeito para o James Bond (shaken, not stern, é assim que ele diz?ou é assim que se escreve?). Finalmente chego à praia, à esplanada onde, pelo estado da mesma, dava para perceber que todos aqueles com que tinham passado por mim, tinham estado naquele mesmo sítio. Caos e gente a mais, para o meu sonho. Peço um sumo de cenoura, leio um pouco do meu livro e às 19:30 vou-me embora sem ter pisado a Areia, mas tinha estado lá, era um facto.

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