a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

quarta-feira, junho 14, 2006

Trovoada

Lá em casa, andamos desde Domingo a desfraldar-nos também à noite. Um ano depois do desfraldamento diurno, já vai sendo mais que tempo e a insistência por parte do mais directamente envolvido neste processo é grande (assumo publicamente a minha culpa e falta do empenhamento total que esta missão requer). Assim entrámos no 2º take da missão e há 3 noites que dormimos de rabo à fresca. Não fosse a trovoada desta noite, o barulho da chuva a cair e o aconchego acolhedor da mantinha na noite que refrescou e podíamos contar 3 orgulhosas noites inteirinhas sem derramamentos involuntários. Foi a trovoada, foi ela a culpada da chamada de emergência por volta das 6 da manhã que revelou que a inundação não era só lá fora. Mas foi pequenina, seguiu-se o alívio completo já em local apropriado, a conveniente troca de calções (chamem-me porca mas àquela hora não há coragem nem forças para grandes lavagens...), um abracinho sentido e o pedido ensonado "Pê quenh in tuta canha". Foi. Claro que foi. Apetecia-me mais a mim que a ele. Sentir aquela pele macia, aquele nariz pequenino encostado ao meu. Está tão grande o meu metro e dois de gente e às vezes parece que o tenho outra vez dentro de mim. De alguma forma, sempre terei.
Considerem-se beijadas e bom feriado.