a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

terça-feira, julho 04, 2006

Era uma vez... "una uxa má"

Ilustração de Patricia Metola

Os pesadelos e noites loucas voltaram lá a casa.
Desta vez desconfio fortemente de relacionamentos com esta história:

“Ia eu e Jito canh os petos e tata una uxa má iento da iávo. A uxa anetou o ix ao Jito e eu tina una ntota muito iane, muuuuito, muuuuito e ntei a uxa má!” *

Às perguntas de como era a “uxa má” foi-me dito que estava vestida de “côdejota” obviamente porque se é “una nina”, só podia trajar indumentária de tal cor e claro, “tina una xôta”, todas as bruxas têm vassoura (mãe ingénua), à parte tentar explicar que uma bruxa pode não ser obrigatoriamente má, que apertar o nariz de um menino é mesmo o máximo de maldade que uma bruxa má escondida numa árvore consegue praticar, apresentei-lhe as duas “uxas” boas que temos lá em casa. Penduradas no tecto, cada uma na sua vassoura, passam pelos vistos tão discretas que parece que nunca tinha reparado nas ditas. Concordou na versão da sua bondade, gostou das vassouras e apenas questionou o facto de não trajarem de “côdejota”, afinal, também aquelas são “ninas” e ainda por cima simpáticas…

* “Eu e o Rodrigo íamos à sala buscar os chapéus e estava uma bruxa má dentro de uma árvore. A bruxa má apertou o nariz ao Rodrigo e eu tinha uma pistola grande, muito, muito e matei a bruxa má!”

3 Comments:

  • At julho 06, 2006 11:55 da manhã, Blogger Sister San said…

    Diz-me que o último parágrafo não pertence a uma história que andas a contar ao teu filho....acho que assim também tinha pesadelos.
    Hoje vou onde estás, mas não sei se te consigo ver, desta vez, ficamos só pela proximidade.

     
  • At julho 06, 2006 3:16 da tarde, Blogger Sister Meg said…

    Não! O último parágrafo é a "tradução" da história que ele me contou que aconteceu no jardim...
    O gajinho é tão trapalhão a falar que eu achei que ninguém ia perceber nada se não colocasse tradução, mas a história tem muito mais piada se escrita da forma como ele realmente fala : )

    Oh! Gostava tanto de te ver... a que horas vens? E se for um cafezinho rápido?

     
  • At julho 21, 2006 7:08 da tarde, Anonymous Anónimo said…

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