Branco

Está um tempo feio, triste e branco, deve ser das poucas alturas em que o branco me transmite uma sensação de desconforto, no tempo, nos corredores de um hospital e, inevitavelmente, quando vou esquiar e sou apanhada no meio de uma tempestade. Neste último caso, o desconforto passa mesmo a auto-agressão psicológica, na qual eu pergunto mil vezes a mim própria o que estou a fazer ali.
De resto, gosto de branco, gosto da sensação de me deitar nuns lençóis brancos, de me vestir de branco, de um copo de leite, das casas alentejanas caiadas, mas num dia como o de hoje em que o céu está branco, não gosto. Sei que o sol, está lá, por detrás daquela camada e não se deixa ver, parece que fiquei isolada do lado de dentro da bola, enquanto mundo continua cheio de cores mas lá fora.
Fico com sono e aborrecida, não me apetece fazer nenhum e ainda para mais hoje estou a trabalhar, apetecia-me ainda estar na cama ou então a fazer as malas para ir de férias para algum lado. Apetecia-me tanto ir viajar! Mas não, estou aqui e por aqui vou ficar durante algum tempo, a previsão de férias para este ano não está das melhores. Alegra-me saber que já há uma semana marcada num dos poucos recantos meios selvagens do Algarve. Aí espera-me uma semana de puro descanso, água morna, muito sol (espero eu!) e chinela no pé. Mas até lá, rendo-me a existência de todos os dias, mas se bem me conheço, ainda arranjo maneira de ter uns dias pelo meio, poderam não ser muitos, mas os necessários para a higiene da minha sanidade mental.
Falando nesta, e de modo a mantê-la enquanto não vêm os tão esperados dias, hoje à tarde vou fazer uma indian head massage, não sei o que é, nunca fiz, parece-me óptimo e depois eu conto...
Bom fim de semana!