a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

sábado, julho 22, 2006

Rosa da Mouraria



Rosa da Mouraria é um espectáculo que se baseia no imaginário do Fado e dos dramas amorosos e sociais a que se encontram associados a este género musical, que é representativo de um modo de vida numa Lisboa de bairros e vielas. Esta história terá como ponto de partida alguns acontecimentos reais, ou pelo menos possíveis no dia-a-dia da cidade.

Acho que esta é daquelas semanas em que faço coisas que já não fazia a algum tempo e o teatro era uma delas, a última vez que fui, foi ver o Avalanche, peça que não mereceu o meus elogios, pois o crédito residia todos nos actores, só por serem sobejamente conhecidos. E assim foi, sem prever e esperar, morta de cansaço, acabei 6ª feira à noite no Teatro Taborda a ver a peça Rosa da Mouraria e não é que adorei!!!

O Teatro taborda, por natureza e localização geográfica, é daqueles sítios que me faz perguntar a mim própria porque não vou lá mais vezes. Fica na encosta de uma das sete colinas de Lisboa (a do castelo de S. Jorge), dando de frente para o Miradouro da Nossa Sr.ª do Monte, o meu favorito, tendo como tapete todo o bairro da Mouraria e mais uns quantos edifício altos da cidade, dos quais só distingo o Sheraton. Quer seja feita de luz ou de sombras, tem uma vista que, no mínimo, só posso designar como encantadora, inspiradora, apasiguadora...

Vista do café do Taborda e respectivo espaço

Esta foi a localização, a peça em si, passa-se em 7 diferentes cantos deste espaço, fazendo o espectador explorar as diferentes salas, "jardins" e arredores a mando das personagens. Só a aragem bastante fresca e a falta de agasalho, é que estragaram um pouco as cenas exteriores. A história é feita de histórias, de gente que poderia ser qualquer um de nós, que tem o seu fado, amores e desamores, por vezes com um toque nonsense e exagerado, brejeiro, gags fáceis (como acho que me rebentaram as àguas e a personagem leva com um balde água em cima)mas que lhe dá a piada. Gostei do ilógico e sem sentido, de como se complica o que podia ser simples e de como existe sempre uma p*** de coisa que aparece, não traz nada de novo e útil,só estorva e que não sai de cena...Uma peça refrescante e que mete, literalmente, muita água sobre o que podia ser a minha, a tua e a vida de toda a gente!

2 Comments:

  • At julho 24, 2006 11:44 da manhã, Blogger Sister Meg said…

    Hum!! Parece apetecível...

     
  • At julho 25, 2006 3:25 da tarde, Blogger Sister Meg said…

    Não sei se repararam, mas temos nas mensagens lá em baixo uma série de comentários anónimos que remetem para links dos quais bastante suspeito...
    Se começarem/continuarem a aparecer comentários anónimos nos nossos posts, não cliquem nos links, soam bastante suspeitos!
    Beijos.

     

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