a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Um "segredo" muito bem guardado...


Como costuma dizer-se no nosso país "quem sai aos seus não degenera" e portanto não é de estranhar que Miguel Sousa Tavares, mais que não seja pela herança genética da sua fantástica Mãe e para explicar ao filho “porque é que as estrelas não caem do céu”, nos delicie com maravilhosas histórias. Se a isto acrescentarmos a magnífica ilustração de Fernanda Fragateiro, parece-me que temos todos os ingredientes para algo realmente fantástico.
Foi com esta ideia que levei ontem o meu filho de desafiei outros membros da família a assistir ao teatro de marionetas acerca desta história e confesso que há muito tempo que não me sentia tão desiludida. Sem querer criticar demasiado a Fio de Azeite, companhia que adaptou e encenou a peça, não posso deixar de referir a minha enorme desilusão com aquilo que se tornou quase uma tortura para grande parte das crianças (e adultos) que estavam na sala. Penso que (e isto é a minha opinião, que vale o que vale) se transformou uma magnífica história numa espécie de interpretação demasiado minimalista (que fez com que também grande parte das crianças não percebessem sequer do que tratava realmente a história) mas, pior, fez-se de algo maravilhoso uma apresentação demasiado escura, demasiado lenta e demasiado vazia de qualquer possível interpretação, entendimento ou conteúdo.
O resultado foram diversos pais a saírem a meio com crianças chateadas e outros a tentarem todo o tipo de explicações fantasiosas para convencer as que ainda lá estavam a aguentar até ao fim do espectáculo.
Ainda assim, os actores/manipuladores das marionetas foram bastante aplaudidos no final, o que, a avaliar pelas expressões faciais do público já cá fora e pelos comentários que se iam ouvindo me faz pensar que o público português é mesmo maravilhoso. Eu, peço desculpa por qualquer coisinha, mas desta vez e pela primeira vez saí sem aplausos.

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