a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Afinal ando por aqui

Palavras como flebotomia, transfusão autóloga e homóloga, plaquetas ou consentimento informado fizeram parte da minha manhã passada entre corredores brancos com extensões aparatosas e um gabinete, também branco e gelidamente esterilizado.
Quando há uns anos atrás me movimentava entre mobiliário de conceituados designers europeus, rodeada de formas orgânicas, cores e materiais, nem imaginava estar hoje a trabalhar num ambiente branqueado, asséptico, de batas, uniformes, chinelas verdes emborrachadas e procedimentos, protocolos, normas. Tantos procedimentos, protocolos e normas. É diferente. Tudo é diferente e ainda há alturas em que me perco, tanto nos corredores brancos com extensões aparatosas, como nos objectivos da minha presença neste lugar. Assisti de manhã, pela primeira vez, a uma auditoria de acompanhamento desses procedimentos protocolos e normas. Sem perceber quase nada, percebi que fomos espremidos, bastante. Não nos saímos mal.
Termino o dia com a reunião de conclusão da auditoria e guio(-me) para casa rumo a um jantar com amigos que há algum tempo não vejo e a um fim de semana que se avizinha calmo. Esta semana não consegui recuperar. Preciso tanto de dormir.
Bom fim de semana.