Tolda-se-me corpo e espírito nesta nova modalidade de escrita online. Parece, afinal, que sempre foi, fui assim. A minha mãe costumava dizer resignada: “tão descontraída que ela era e de repente tornou-se uma retraída, uma tímida. Mas porquê?” Também eu não consigo responder, mas parece-me cada vez mais verdade. Retraí-me e retraio-me, a mim e aos sonhos enormes que costumava ter. Alturas houve em que confesso alguma megalomania, mas é por isso mesmo que se chamam sonhos, não têm de ser comedidos. Em sonhos podemos e devemos megalomanar à vontade, é próprio da condição humana. Agora sou parvamente comedida, até (e principalmente) nos sonhos. Não devia.
Em Dezembro tive uma vez mais a prova da minha adquirida timidez. Numa visita a esta loja, deparei-me com o alvo da minha admiração e mesmo sem querer, fiquei aterrada. Aterrada é a palavra certa e tive de abandonar a loja, respirar fundo e dizer a mim própria que aquilo não era normal. Mas a outra parte de mim insistia em ficar ali, envergonhada por lê-la, por acompanhar partes da sua vida e foi tão estranho. Tudo o que consegui foi voltar a entrar, dirigir um olá demasiado corado, comentar que gostava muito do seu trabalho e que a loja parecia incrivelmente mais pequena ao vivo. Que conversa, que treta que sou. Não era nada disto, tinha tanto para elogiar, para comentar... tantos bonecos para abraçar.
Em Dezembro tive uma vez mais a prova da minha adquirida timidez. Numa visita a esta loja, deparei-me com o alvo da minha admiração e mesmo sem querer, fiquei aterrada. Aterrada é a palavra certa e tive de abandonar a loja, respirar fundo e dizer a mim própria que aquilo não era normal. Mas a outra parte de mim insistia em ficar ali, envergonhada por lê-la, por acompanhar partes da sua vida e foi tão estranho. Tudo o que consegui foi voltar a entrar, dirigir um olá demasiado corado, comentar que gostava muito do seu trabalho e que a loja parecia incrivelmente mais pequena ao vivo. Que conversa, que treta que sou. Não era nada disto, tinha tanto para elogiar, para comentar... tantos bonecos para abraçar.
E não foi este exemplo que me fez perceber realmente a existência desse meu eu aparvalhado, mas ilustra bem os sentimentos que me assolam de vez em quando. Não sou uma pessoa desinibida e pronto (mas custa-me).
Agora parece que também o meu cueca power relacionado com a escrita se foi, se está a ir e sinto-me presa, verdadeiramente toldada.
Não vou desistir: Quero os meus poderes de volta!
Agora parece que também o meu cueca power relacionado com a escrita se foi, se está a ir e sinto-me presa, verdadeiramente toldada.
Não vou desistir: Quero os meus poderes de volta!
1 Comments:
At janeiro 18, 2006 4:40 da tarde, Sister San said…
não desistas, eles andam aí,utilizando a teoria do pensinhos higiénicos, que, de certa forma, até se coadunam com o nosso blog, ou melhor complementam-no...um dia quando menos esperares...levanta-se o véu que te tolda o espírito, voltas a sonhar...
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