a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Influenza

Os ranhos que nos escorrem nariz abaixo, Inverno fora, são uma chatice. Os ranhos e o Inverno. O frio lá fora não impediu que a temperatura subisse dentro de casa e por causa disso, a noite foi de deslocações: do meu sono, da minha cama, da cama dele. Acalmou de madrugada, ainda (demasiado) quente e entupido, mas demasiado tarde para me recompor.
Na ausência de avós protectores, (as)sentou más ou boas disposições na escolinha e esperamos que a desprotecção não venha piorar ânimos e subir ainda mais as temperaturas.
Deixar a cidade trouxe-lhe saúde ou, pelo menos, privou-o da convivência permanente com alguns vírus, mas o que é bom acaba depressa e logo voltaram à sua companhia com maior à vontade e frequência. No meu caso, inverteram-se imunidades e a vinda para o “campo” presenteou-me com crises menos agradáveis e mais ou menos frequentes disto.
Quando adolescia, admirava modelos escanzeladas de olheiras góticas. Hoje, reconheço que as minhas não me favorecem. Revelam demasiado das minhas noites claras e movimentadas ao ritmo de pesadelos, chorinhos e “ió-ióis”.
Parece impossível que uma pessoa comece a semana cansada, mas não é. Desculpem a descriminação, mas no dia a seguir às eleições, voto pelo “mãerário”, um horário com gestão individual e flexível, para que possamos algum dia voltar a ter ar de gente.
Bom início de semana para todos.

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