a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

quarta-feira, julho 26, 2006

Pedaços de dia

Depois de começar o dia rebentando literalmente um portão de garagem, realização que se prevê ocupe parte significativa do plafond suposto para férias, passámos o resto da manhã num amontoado caótico de carros, pessoas e calor que deu origem a uma mega-birra. O pior é que ele tinha tanta razão. Os barcos passavam demasiado lentos e longe para a temperatura que se fazia sentir. Tudo naquela manhã parecia demasiado lento (a fila de carros, a fila para a casa de banho, a fila para comprar uma água) e longe (o estacionamento, os barcos, o café, a casa de banho, a água).
O almoço contemplou a mega-birra parte II que deu direito a salto mortal da espinha do peixe da travessa da mesa ao lado, para espanto do frequentador da mesma.
O caminho até aqui serviu para retemperar forças e lá chegados esteve feliz. Quando se fartou de saltos altos a quatro cascos, serviram de distracção patos em liberdade, pássaros engaiolados e baloiços, num parque onde, ao contrário da desventurada manhã, quase tudo estava perto e fresco. Fez valer o dia.
Da próxima vez que começar o dia a rebentar portões, tranco-me em casa e juro que não haverá quem me liberte da clausura auto-imposta.
Por agora, ficam pedaços do dia...

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