a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

terça-feira, agosto 01, 2006

e era uma vez um castelo e um bode


Conta a história que há muitos anos atrás, estavam os templários a dar os seus 1ºs passos na região de Tomar, havia um castelo muito conhecido pela sua arquitectura e localização. Supõe-se que tenha sido mandado erigir pelo Xerique Amlã Bazadaí, um famoso Mouro proveniente de Marrocos, que correndo o risco de ser enforcado, por se enamorar por uma das mais belas cortesãs do harém do Xá seu pai, fugiu com toda a sua fortuna nos alforges dos camelos e considerou a região, hoje em dia conhecida como Tomar, como a sua 2ª casa, mandando aí construir um magnífico castelo. Sendo amante do mar e da água, optou por construir nas margens do Zézere, um castelo que seguia em forma as margens ondulantes do rio, acabando numa visionária plataforma basculante sobre o mesmo, que ao centro era recortada em forma de uma meia lua, o que permitia a Amlã, tomar os seus banhos, de acordo com a tradição da sua terra natal (teram tido aqui origem as piscinas fluvias?). O mais curioso é que findo a construção do mesmo e por causa da topografia da área, o castelo visto de cima, parecia o perfil exacto da cabeça de um bode. Achando piada ao facto, Amlã, mandou trazer um bode, que passou a ser o símbolo e uma característica do Castelo, sendo que balido do animal percorria km ao longo de todo o vale em que hoje está inserida a barragem. Como o tempo, os habitantes do castelo foram desaparecendo, assim como a sua localização, que se supõe já estar imersa à muitos anos, mesmo antes da barragem existir.

Não sei se mais ou menos em cima do Castelo, este fim de semana estive numa das piscinas fluvias do Castelo do Bode, as gentes eram muito poucas, se compararmos com a Costa de Caparica, a temperatura da água divinal assim como o sol, excelente companhia, boa conversa, ou seja, 2 dias bem passados de papo para o ar num dolce fare niente, que não tinha qualquer dificuldade em me habituar. Pelo meio fica ainda o jantar na festa de Verão da Aldeia do Mato, com direito a frango, chouriço e entremeada grelhados na brasa, apesar de não ser uma festa medieval, a tradição de comer com as mãos imperou uma vez mais. A passagem pela quermesse a 0,10€ a rifa, gastei 1€, sim leram bem, um euro, e não me calhou nada, o cheiro a eucalipto e grelhados no ar, o bingo ao microfone, a fabulosa música dos 4ª audição, grandes conhecedores de toda a música popular e pimba, aos quais tenho que tirar o chapéu, principalmente ao vocalista, ser saltitante dotado de extrema energia e vivacidade, que não parou de pular por 1 segundo. É giro, como agora acho muito mais engraçado estas festas do que quando era pequena e que era obrigada todos os anos a ir ás festas da terra do meu pai.

P.S: o fim de semana foi assim, o 1º parágrafo talvez sim ou talvez não...

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