Dorida
A distância por vezes dói. A mim, dói-me. E hoje doeu-me particularmente.
Estupidamente, nos últimos tempos parece-me que não consigo, nunca consigo, arranjar tempo para nada, ou para certas coisas. Como se o tempo se arranjasse. Dizia uma frase publicitária: o tempo é o que se faz com ele. Pois é. O que faço com o meu nem sempre é o que queria fazer mas, correndo o risco de rimar, o que tem de ser.
Hoje doeu-me um telefonema que teve de ser demasiado rápido, hoje doeu-me um mail ao qual não consegui responder, não por falta de tempo para teclar meia dúzia de palavras, mas porque a resposta não era para ser dada assim. Porque não “arranjo” tempo para cumprir o que me apetecia, para passar tempo com uma amiga especial. No caso do telefonema passou-se mais ou menos a mesma coisa. A dor não reside no facto que obriga a um telefonema rápido, mas ao de uma vez mais não “arranjar” tempo para apoiar, para estar.
Não é a primeira vez que acontece, um ou outro dos acontecimentos, nem a segunda. Por isso hoje estou dorida. Dorida de vazios que se vão construindo involuntária e obrigatoriamente por esta maldita distância que parecia tão pouca, mas que me mantém demasiado afastada.
Considerem-se beijadas.
Estupidamente, nos últimos tempos parece-me que não consigo, nunca consigo, arranjar tempo para nada, ou para certas coisas. Como se o tempo se arranjasse. Dizia uma frase publicitária: o tempo é o que se faz com ele. Pois é. O que faço com o meu nem sempre é o que queria fazer mas, correndo o risco de rimar, o que tem de ser.
Hoje doeu-me um telefonema que teve de ser demasiado rápido, hoje doeu-me um mail ao qual não consegui responder, não por falta de tempo para teclar meia dúzia de palavras, mas porque a resposta não era para ser dada assim. Porque não “arranjo” tempo para cumprir o que me apetecia, para passar tempo com uma amiga especial. No caso do telefonema passou-se mais ou menos a mesma coisa. A dor não reside no facto que obriga a um telefonema rápido, mas ao de uma vez mais não “arranjar” tempo para apoiar, para estar.
Não é a primeira vez que acontece, um ou outro dos acontecimentos, nem a segunda. Por isso hoje estou dorida. Dorida de vazios que se vão construindo involuntária e obrigatoriamente por esta maldita distância que parecia tão pouca, mas que me mantém demasiado afastada.
Considerem-se beijadas.
4 Comments:
At maio 24, 2006 6:36 da tarde, Sister San said…
eu sei que ando sensível, mas senti uma lágrima no canto do olho ao ler o teu post...relaxa...não é a distância que separa as pessoas...
At maio 24, 2006 7:06 da tarde, Sister Nemm said…
Diz-se que a vida é dificil. E realmente é!
É porque nunca conseguimos fazer o que queremos e com quem queremos no momento que queremos. O pouco tempo que temos é dedicado a coisas chatas, obrigatórias e que sempre afirmamos que não iriamos fazer ou deixar-nos envolver desta forma... mas o facto é que cá estamos a pagar pela nossa língua. MALDITA RESPONSABILIDADE e ao que nos obriga a fazer.
Mas o mais importante é que não nos esquecemos das pessoas importantes na nossa vida e mesmo que não lhes consiguemos dar a devida atenção estão lá de pedra e cal no nosso coração e na nossa cabeça.
Um beijo grande para todas e um especial para ti San que passas por mais uma dura prova de vida.
PS - quando for grande quero ser o Peter Pan
At maio 25, 2006 10:52 da manhã, Sister San said…
Eu não me importo de crescer, só quero é ir viver para a Terra do Nunca...
"Condomínio Terra do Nunca, com escorregas temático incluídos, piscina interior e exterior, árvores e campos abertos, despensa sempre cheia e ausência de responsabilidades... e se reservar já ganha um lollypop sem açucar!"
At maio 25, 2006 2:21 da tarde, Sister Meg said…
Fogo... agora quem ficou com a lágrima ao canto do olho fui eu.
É tão bom ter Amigas assim!
Eu também ia morar para esse condomínio e tornava-me, convosco, uma menina perdida...
Obrigada! Beijos.
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