a irmandade da cueca

Porquê que se diz um par de cuecas se ela é só uma? Não sei, talvez porque é sempre bom partilhar as coisas, mesmo as mais intímas... Mas como não há longe sem distância, e esta última existe, criamos aqui uma tertúlia virtual, em que os km não têm lugar e que por meias, completas ou ausentes palavras contamos o que nos vai na alma ou que simplesmente vai.

terça-feira, maio 30, 2006

Desejos de Equilíbrio Post 2


Estava a rever as fotos do ano passado das férias de Cabo Verde e há uma que me fez lembrar a foto de um dos post, o do equilíbrio...E é isso, também ando à procura do meu e de sandálias, os dias estão quentes e abafados e preciso de respirar e de me deixar respirar....este pés são meus, bem assentes na areia negra de uma praia vulcânica. O fogo, a lava, a erupção, o calor, deram origem uma areia de brilho negro, que se escapa igualzinha à outra de entre os dedos...

Isto não está bonito....


Tudo se resume, tudo, penso que até um dos grandes clássicos como a "Guerra e Paz", terá no final uma página na qual estará escrito a palavrinha sinopse ou epílogo e que resumirá em poucas linhas um livro de 400 páginas, que, provavelmente, ocupou durante meses os dias de Tolstoi...
E é assim, 64 anos de existência, resumido num espaço de 2 meses, em que o corpo entristece, murcha e reclama as atenções, por não encontrar em si mesmo a renovação. Todos os actos, pensamentos, risos, comichões, dores de dentes e de cabeça, unhas encravadas, passeios, livros, zapping televisivo, coisas que fez e não fez, fica em suspense à espera da próxima 3º feira que será dona de uma verdade provisória, sim, porque tudo pode mudar... Por enquanto ficamos por um "isto não está muito bonito", carrega-se no stop, com o dedo já no play, à espera de saber para que lado do filme a história vai continuar....

sexta-feira, maio 26, 2006

Só para desejar...


...um óptimo fim de semana!

quinta-feira, maio 25, 2006

Reflexão

Hoje, uma colega de trabalho que já considero um bocadinho mais que isso, uma pessoa muito querida e especial, enviou-me este poema. Como o achei muito bonito, partilho-o convosco:

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música, quem destrói o seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is"
a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte
ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!

Pablo Neruda

quarta-feira, maio 24, 2006

Dorida


A distância por vezes dói. A mim, dói-me. E hoje doeu-me particularmente.
Estupidamente, nos últimos tempos parece-me que não consigo, nunca consigo, arranjar tempo para nada, ou para certas coisas. Como se o tempo se arranjasse. Dizia uma frase publicitária: o tempo é o que se faz com ele. Pois é. O que faço com o meu nem sempre é o que queria fazer mas, correndo o risco de rimar, o que tem de ser.
Hoje doeu-me um telefonema que teve de ser demasiado rápido, hoje doeu-me um mail ao qual não consegui responder, não por falta de tempo para teclar meia dúzia de palavras, mas porque a resposta não era para ser dada assim. Porque não “arranjo” tempo para cumprir o que me apetecia, para passar tempo com uma amiga especial. No caso do telefonema passou-se mais ou menos a mesma coisa. A dor não reside no facto que obriga a um telefonema rápido, mas ao de uma vez mais não “arranjar” tempo para apoiar, para estar.
Não é a primeira vez que acontece, um ou outro dos acontecimentos, nem a segunda. Por isso hoje estou dorida. Dorida de vazios que se vão construindo involuntária e obrigatoriamente por esta maldita distância que parecia tão pouca, mas que me mantém demasiado afastada.
Considerem-se beijadas.

segunda-feira, maio 22, 2006

Ainda o equilíbrio (ou falta dele)


Para além do facto de ainda não ter conseguido satisfazer o desejo do último post, o último fim de semana desequilibrou-me ainda mais.
As nuvens altas e o acentuado arrefecimento nocturno alterou-nos de novo as temperaturas e entrincheirámo-nos no Domingo em sessões contínuas/intercaladas de Salta Pocinhas e sestas - ele - e arrumações, limpezas e escolhas de roupa - eu!
Conclusões óbvias: a febre chega sempre ao fim de semana; os sintomas febris intercalam-se impiedosamente entre o "iói tutu ao Pê" e as longas sestas doridas e transpiradas; o Salta Pocinhas tem "tanta nete*".
Conclusões menos óbvias (mas tão verdadeiras...): quando se vai dando roupa e não se repõe, a cada estação que passa ela é menos e mais desactualizada.
Conclusões secundárias: para além de me faltar o que já referi no último post, a mudança da roupa para a nova estação fez-me concluir o que já sabia mas não me apetecia pensar: para além de escasso, o meu guarda roupa está assustadora e preocupantemente desactualizado.
Desabafos de beijos...
* neve

quinta-feira, maio 18, 2006

Desejos de equilíbrio


Sandálias, sandálias!!! O que eu não dava por umas boas, giras e confortáveis sandálias, especialmente que não fizessem parte da nova colecção primavera/verão 2006. Que fossem desprovidas de folhos de renda, pérolas irizadas, flores pregadas e tantos outros acessórios absolutamente desnecessários (digo eu!).
Depois de longa contemplação, cheguei à triste conclusão de que as minhas amadas, lindas e confortáveis sandálias não podem durar mais. Acabou definitivamente o seu prazo de validade e a nossa relação. E posso dizer que foi longo, longo o prazo e longa a relação. Mas acabou. Agora devo partir à procura de novas plataformas de equilíbrio, que equilibrem.
Aqui tenho/criei mais um motivo para me dirigir asap rumo à capital, já que, por mais que tente e salvo raras excepções, "os acessórios" por estas bandas não andam a equilibrar o meu ser.
Considerem-se beijadas.

domingo, maio 14, 2006

Para os dias dificies

Sem querer parecer um slogan de um produto de higiene feminina há dias difíceis e quando menos precisamos tudo de mau nos acontece... it´s a fact

Nessas alturas, e por impossível que isso nos pareça nessa altura, temos que gostar nós próprias. Somos mais fortes do que cremos e que se acreditarmos em nós conseguimos ultrapassar quase tudo no mundo.

Até lá, estamos cá nós!!!

Nunca vamos ter tudo o que queremos mas desde que vamos conseguindo o que nos propomos vamos superando os nossos objectivos.

Um beijo para todas e um especial para ti

quarta-feira, maio 10, 2006

Pronto!!! Eu admito



Já sabem como é que eu sou, guardo tudo para dentro ( o bom e mau). Assim e na tentativa de evitar possíveis represálias de vosotras deixo aqui um pequeno comunicado pessoal...

"Caras irmãs,

Venho pelo presente informar à irmandade que o que desejei às uns meses atrás aconteceu!! Tanto quis, tanto quis que as conjunturas do universo assim proporcionaram!!!

Pareço uma pirralha adolescente com a disposição lá no alto, com um sorriso permanente na cara (a chamada cara de idiota apaixonada) e apetece-me contar a novidade ao mundo inteiro. Durante um tempo ainda tentei arranjar argumentos e desculpas para não admitir que o sentimento estava lá e que não tinha controlo sobre ele mas finalmente rendi-me e admito que ESTOU APAIXONADA.


Depois de consultar o livro constato que padeço de todos os sintomas: nervoso miudinho; derreto-me com pequenas atitudes e atenções; fico toda nervosa quando o telefone toca; conto o tempo que falta para o ver; e a minha cabeça voa para outras paragens nas situações mais absurdas e inconvenientes,... e todas os outros que quiserem acrescentar.

Pronto, quis agora tenho. Claro está que vindo de mim não poderia ser linear e simples mas também não foi isso que pedi por isso menina agora aguenta-te!!! E mesmo que isto não dê em nada ao menos já me deu a oportunidade de sentir novamente este mar de emoções e sentimentos que nos dá energia e vontade de viver."

Um beijo no nariz de cada uma de vós

Vá, estou pronta. Ataquem meninas


segunda-feira, maio 08, 2006

Milão em 15'



Uma das coisas que mais aprecio na vida é conhecer coisas, pessoas e locais novos... resumindo gosto de novidades, a rotina e a monotonia fazem-me confusão . O dinamismo é algo que me faz sorrir, no entanto dispenso pressas e correrrias mas estas foram o denominador comum do meu fim-de-semana.

Na sexta-feira passada, e ao contrário da maioria das pessoas, não me estava a aproximar de uns dias de descanso e descompressão de mais uma semana de imenso trabalho. Exactamente o contrário, quando deveria dar por terminada mais uma semana de reuniões, stress, mil-e-um projecto em simultâneo, noitadas de volta de trabalhos urgentes e indispensáveis,... tinha de pegar em mim e ir apanhar um avião para Milão.
Se ficasse por ai era excelente, era sinal de passeio de conhecer uma cidade interessante e se a companhia fosse boa era indicativo de uns bons momentos, mas não nada disso, e perguntam-me vocês porquê?
Porque, como se costuma dizer a vida não é fácil e isto não era excepção:
  1. viagem calma e descontraída - ir na sexta à noite e voltar domingo de madrugada
  2. viagem de lazer, leia-se visitar uma feira gigantesca de saltos de 10cm
  3. companhia de sonho: o meu director geral com quem não é muito fácil ter conversas cujo o tema não seja trabalho
  4. viagem de regresso às 5 da matina no único dia que costumo dormir mais um pouco e que cumprindo a famosa lei de Murphy atrasou e estive horas a vegetar no aeroporto

Todos estes ingredientes faziam-me prevêr um fim-de-semana cheio de correrias, viagens de avião em espaços apertados e a sua fantástica comida de avião, e muitas muitas dores nos pés :-(

Resumindo o pouco a contar fica aqui a descrição da viagem Lisboa-Milão-Lisboa do meu fim-de-semana passado. Num exclusivo para a irmandade, apresento-vos a versão de 15':

  • 19:00 Lisboa, avião para Milão
  • 22:30 aterragem em Milão (hora local)
  • 23:15 check in hotel
  • 23:40 jantar
  • 01:00 regresso ao hotel
  • 07:40 levantar (06:40 de Lisboa!!!!)
  • 09:00 entrada na feira
  • 09:00 às 17:00 – feira, feira, feira e mais feira, intercaladas com reuniões e cumprimentos aos colegas italianos
  • 17:00 regresso ao hotel
  • 18:20 finalmente Milão
  • 18:30 uma paragem para uma bebida numa esplanada (o melhor momento da viagem)
  • 19:00 às 20:30 objectivo: fazer o maior quantidade de ruas, monumentos, locais e curiosidades no menor espaço de tempo, isto é, versão pepe rápido

Esperamos que tenham aproveitado e apreciado a belíssima cidade de Milão, voltem sempre!!!

Bacios ragazzas

sexta-feira, maio 05, 2006

Porque é no Domingo...
















Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!

quinta-feira, maio 04, 2006

Nuvens no céu... parvoíce em terra!

Uma dor de cabeça que dura uma semana inteirinha tira a paciência a qualquer um. Eu não sou excepção e hoje, seja por isso, seja pelo cansaço generalizado que se me instalou em todos os poros, sinto-me parva, um bocadão parva, nostálgica e parva. Pronto!
Tinha de desabafar.
Considerem-se beijadas.