E assim é, pela 1ª vez colo-me na blogosfera, isto tudo para contar e mostrar que ontem fui ao
Mercado Medieval em Óbidos!
Já não ia para aquelas bandas à milhares de anos, penso que a última vez foi para aí em 91 ou 92, quando fui acampar para Peniche, portanto se não milhares de anos, décadas pelo menos.
Do pouco que vi de Óbidos fora das muralhas, continua tipíca e bem cuidada, casas caiadas de branco, ruas empedradas, flores e árvores curiosas que saiem das casas muradas. O ambiente festivo e bem disposto, ginginhas em copo de chocolate, uma vez que vivemos na época da recilagem e é importante não produzir desperdícios, doces conventuais, pão com chouriço e outras derivações, espadas de madeiras, brazões de família, tearas de flores, tudo isto em ruas enfeitadas e cheias de gente.
À porta do castelo estão uns guardas medievalmente vestidos, modernamente cobrando as entradas, excepto aqueles, que como eu, tentaram reproduzir de alguma forma a época (vide fotografia). Lá dentro os espectáculos de rua, as bancas de artesanato, as mesas corridas, tudo emoldurado num cheiro a fumo, dos grelhados no carvão. O respasto é simples e bom, sopa de "entulho" em taça de barro e colher de pau, no copo de barro a bebida muito em voga na altura Tang de laranja, pão com chouriço, chouriço assado e espetada de carne servida em folha de couve (very fashion) e pão, tudo comido à mão, com direito a lamber, e em público, os deditos gordurosos. Como nestas festas não podia faltar o lado religioso, para finalizar a uma deliciosa doçaria conventual: encharcada de lamber, literalmente, os dedos e chorar por mais...
Depois assistimos ao casamento e resgate da filha do rei, com direito a espectáculo de guerra e de saltimbancos. Tudo isto à média luz das fogueiras e archotes, pois fazendo juz á época, a iluminação era escassa, mas o qb, para vermos o que faziamos mas não, por exemplo, o que comiamos.
Gostei e diverti-me, adoro brincar aos reis e às rainhas (embora eu fosse só princesa) de vez em quando!